segunda-feira, 7 de novembro de 2011

pot pourri

sozinha e ninguém,
não há mais o que falar.
pois se me sinto incompetente, preguiçosa e dissimulada
pois se ando ansiosa e flutuante
pois se sou essa confusão mesmo,
tudo isso misturado numa caixa de memórias
não poderia esperar outro desfecho.

cruel? irônico? trágico?
inssosso e gritante!
ou apenas inssosso, que seja.
e eu, culpando a lua e a grama,
percebendo-não-percebo que é aqui
onde as desculpas não têm vez.

porque é sempre assim.
porque triste foi você estar do meu lado,
e eu sabendo-não-saber.
mas, triste mesmo é eu só poder ouvir o som dos seus passos
e nem ao menos conhecer sua voz.

dissimulá-la,
dissimulada que sou.
imaginá-la,
mas eis me aqui.

nas linhas e em tudo que vai entre elas.
no vão das mãos,
e nas marcas que esses pés meus deixaram há um tempo.

onde?
all the lonely people, where do they all come from

?