Hoje, escrevo sem querer.
É que me dei conta de que, diferentemente de tantos que tanto adoro há tanto tempo,
Acabarei antes de minhas palavras. Ou melhor, antes das palavras. De qualquer uma delas.
Acho que acabarei sem palavras, pra falar a verdade.
'Apalavreado', ler-se-á em meu epitáfio.
Assim, é bom que as gaste enquanto existem.
Enquanto existem para mim.
***
Seria isso justo com as palavras?
Com aquelas que já existem e apenas uso,
Pessoa sem memórias, sem sentimentos que sou.
Com aquelas que invento e que ninguém sabe o que dizem.
Só eu, durante um tempo.
Depois, elas se perderão, assim como também me perdi.
Seria isso justo com aqueles que as leem?
Oras, ao menos têm o que ler!
Enquanto me consumo, me sinto corroer por todo veneno e spray utilizados,
Se sentem confortados por saber que há alguém a ir antes deles…
Condenado a ser apalavreado daqui um tempo-que-nem-sabe-quanto
(mas que espera que chegue todos os dias),
Condenado por gastar palavras,
Pelas próprias palavras.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
E se o 'Veneno Anti-monotonia' acabar…
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Que tal um pouco de 'Veneno Anti-monotonia'?
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
De um tempo quando.
Eu estava com vontade de te contar.
Mas, minhas costas doem, meus pés latejam, meus olhos ardem.
'Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu'...
Já que não posso mais fazer serenata, deixe-me assistir Shakespeare Apaixonado.
Amanhã, inevitavelmente, saberás de meu sono acumulado.
Mas, minhas costas doem, meus pés latejam, meus olhos ardem.
'Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu'...
Já que não posso mais fazer serenata, deixe-me assistir Shakespeare Apaixonado.
Amanhã, inevitavelmente, saberás de meu sono acumulado.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
A Winter's Tale
Entro em meu quarto e ele está frio.
Cruelmente frio.
Não, na verdade o frio se instaurou em meu quarto.
Densamente pesado. Quase sólido.
Talvez por isso esses montes estejam tão intactos há semanas.
Imexidos. Imexíveis.
Mas, com o coração a parar de frio, os membros a estacarem, como poderiam estar de outra maneira?
O pior é o coração.
De tanto sentir, cansou.
Agora é insensível.
ps.: O título desse poema é uma tentativa de homenagear meu tão querido Freddie Mercury, para que seu show continue sempre-sempre.
Cruelmente frio.
Não, na verdade o frio se instaurou em meu quarto.
Densamente pesado. Quase sólido.
Talvez por isso esses montes estejam tão intactos há semanas.
Imexidos. Imexíveis.
Mas, com o coração a parar de frio, os membros a estacarem, como poderiam estar de outra maneira?
O pior é o coração.
De tanto sentir, cansou.
Agora é insensível.
ps.: O título desse poema é uma tentativa de homenagear meu tão querido Freddie Mercury, para que seu show continue sempre-sempre.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Delírio no entardecer.
Hoje vespertinei meio musical.
Vem cá, meu bem, que é bom viver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer
Tudo por você.
Noutro plano, te devoraria tal Caetano.
Não precisa ser hoje...
Afinal, te amarei de janeiro a janeiro até o mundo acabar.
Mas, eu não tenho um bem.
Nem alguém.
Foram embora, as músicas.
É o que devo fazer.
Vem cá, meu bem, que é bom viver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer
Tudo por você.
Noutro plano, te devoraria tal Caetano.
Não precisa ser hoje...
Afinal, te amarei de janeiro a janeiro até o mundo acabar.
Mas, eu não tenho um bem.
Nem alguém.
Foram embora, as músicas.
É o que devo fazer.
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