sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Primeira tentativa em 3, 2, 1...

Não sei se escrevo por você
Porque, talvez, seria mais correto escrever para você.
Seria?

Muitas perguntas. Míseras respostas.
Você sabe que o tempo passou
Inevitavelmente, como sempre passa.
Todos sabemos.

Mas, também sabemos que há sempre algo que não passa.
Que não muda.
Aquele ponto, lembra-se?
O mais distante do sol.

E mesmo que muitos heterônimos me tomem a casa,
As penas,
Os cadernos, suas capas, todas suas folhas,
Todos meus papéis,
Sabe que haverá sempre algo de mim aqui. Imutável.

Essa é toda verdade que posso oferecer.
E meus abraços sinceros.

Pois não consigo mais controlar as palavras.
Às vezes, elas vêm num turbilhão, isso é tudo o que aprendi.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Adoniran Barbosa. As vozes da cidade.

Eis aí o título de um suposto projeto de pesquisa - suposto porque é, na verdade, um trabalho de conclusão de uma de minhas matérias (Sociolingüística, se para alguém interessar saber).

O fato é que, neste ano, caso Adoniran estivesse vivo, completaria 100 anos - a idade que eu com certeza ainda quero ter, mas isso não vem ao caso. E por isso escolhemos fazer um trabalho sobre ele, sobre a linguagem de suas músicas e o que isso representa e que recursos ele utilizava para falar tanto do que havia vivido mas no contexto da arte.

Enfim, tudo isso pra falar o quanto gosto de suas músicas, ainda que não conheça tantas quanto deveria.
E que eu queria que elas fossem mais ouvidas, mas isso não me compete em nenhum âmbito.

"Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar"… Prometo um texto que lhe seja mais suficiente, digo, mais suficiente para dizer tudo o que deveríamos saber sobre essa pessoa que me parece sempre tão fofinha quando vejo cantar. E falar.

Aliás, isso me deu uma idéia muito bacana, uma idéia que me pareceu muito bacana: que tal escrever coisas para pessoas que gosto e admiro e não me conhecem nem nunca conhecerão?
Quem sabe!